O fenômeno conhecido como “turismo estético” tem aumentado de forma significativa, não apenas no Brasil, gerando preocupação.
O crescimento dessa atividade tem sido observado constantemente na América Latina, em países como México e Colômbia com pacotes atrativos aos estrangeiros. Em 2023, cerca de 35% dos procedimentos estéticos no México foram realizados em pacientes internacionais, vindos de países como EUA, Canadá e Espanha. No Brasil, o mercado recebe pacientes estrangeiros, mas enfrenta expansão de clínicas não certificadas, muitas vezes impulsionadas pelas redes sociais.
Quais são os riscos?
Complicações graves como infecções, seromas (acúmulo de líquido entre camadas de tecido), trombose venosa e até embolia pulmonar podem surgir após procedimentos feitos em clínicas com infraestrutura inadequada.
Além disso, vários pacientes que viajam ao exterior precisaram de internação e tratamento de emergência ao voltar ao Brasil — com custo elevado e procedimentos muitas vezes desnecessários ou mal conduzidos.
Como evitar riscos: a SBCP orienta
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) alerta que, ao buscar cirurgia plástica — seja no Brasil ou no exterior — o paciente deve priorizar:
- Cirurgiões associados à SBCP ou à sociedade equivalente no país de destino
- Clínicas com infraestrutura regulamentada e certificada
- Avaliações pré e pós-operatórias adequadas, especialmente no retorno ao país de origem
A SBCP alerta que o turismo estético pode atrair pelo menor custo, mas carrega riscos reais à segurança e à saúde. Procedimentos realizados sem acompanhamento médico especializado e estrutura adequada podem resultar em complicações graves.