Recentemente, o Conselho Federal de Odontologia (CFO) anunciou a intenção de autorizar dentistas a realizar cirurgias estéticas faciais
Por SBCP
Recentemente, o Conselho Federal de Odontologia (CFO) anunciou a intenção de autorizar dentistas a realizar cirurgias estéticas faciais, como rinoplastia, lifting facial e blefaroplastia. Essa proposta gerou preocupação entre entidades médicas, que alertam para os riscos à saúde dos pacientes.
A formação de um cirurgião plástico envolve cerca de 12 anos de estudo, incluindo graduação em medicina, residência em cirurgia geral e residência em cirurgia plástica. Essa trajetória proporciona uma compreensão abrangente do corpo humano e prepara o profissional para lidar com possíveis complicações durante procedimentos cirúrgicos.
Em contrapartida, a formação odontológica é focada na saúde bucal e não abrange o mesmo nível de treinamento em procedimentos cirúrgicos complexos. A realização de cirurgias plásticas faciais exige conhecimentos aprofundados de anatomia, técnicas cirúrgicas avançadas e manejo de possíveis complicações — competências que fazem parte da formação médica e da especialização em cirurgia plástica.
O Dr. Volney Pitombo, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), expressou sua preocupação:
“Sem qualquer demérito à formação dos dentistas, considerar que eles poderão ser habilitados a realizar cirurgias plásticas sem a formação em Medicina é uma decisão de altíssimo risco para os pacientes.”
A SBCP reforça que a segurança do paciente deve ser a prioridade máxima e que procedimentos cirúrgicos devem ser realizados por profissionais devidamente qualificados. A entidade está comprometida em adotar todas as medidas necessárias para garantir que a prática da cirurgia plástica continue sendo conduzida por médicos especializados, assegurando a saúde e o bem-estar da população.
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