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Ética na Cirurgia Plástica: o que orienta a atuação médica responsável

By News

O Código de Ética da Cirurgia Plástica, consolidado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e previsto em seu Estatuto, vai muito além de um conjunto de regras: ele é a base que orienta e dignifica o exercício da especialidade.

Por SBCP

Fundamentado nos princípios da autonomia, beneficência, não-maleficência e justiça distributiva, esse código molda a conduta do cirurgião plástico, orientando desde o respeito à vontade do paciente até a promoção do cuidado seguro e justo.

Desde o início da formação médica, o cirurgião plástico é orientado a respeitar a autonomia do paciente, garantindo que sua decisão seja consciente e baseada no consentimento livre e informado; a priorizar a segurança do paciente, com base em evidências clínicas atualizadas; e a oferecer cuidados de forma justa e imparcial, sem distinções indevidas. Esses pilares sustentam a relação médico-paciente e ajudam a construir uma prática profissional ética e respeitosa.

O compromisso ético se estende também ao comportamento público e institucional do cirurgião. A SBCP reforça que seus membros devem evitar autopromoção indevida; preservar a imagem e a identidade dos pacientes; e manter uma conduta leal na concorrência profissional. Esses princípios são reforçados por regulamentos internos da SBCP, que guiam cada associado em sua atuação clínica, institucional e pública.

Essa é a base do compromisso da SBCP com a medicina, com os pacientes e com a sociedade.

Saiba mais sobre os princípios éticos da SBCP, acesse:

Deep‑Plane Facelift: técnica avançada com naturalidade e durabilidade

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A técnica deep‑plane facelift tem se destacado por sua capacidade de oferecer rejuvenescimento facial profundo, com resultados mais duradouros e aparência natural.

Por SBCP

Diferente de abordagens que apenas esticam a pele, essa cirurgia reposiciona a estrutura facial, incluindo músculos e gordura, preservando a expressividade e os contornos individuais.

“Isso significa que não se trata apenas de ‘puxar’ a pele, mas de realinhar toda a estrutura que dá sustentação ao rosto,” explica o Dr. André Maranhão, membro titular da SBCP.

O procedimento é indicado a uma ampla faixa etária — de pacientes com pouco mais de 40 anos até aqueles com mais de 70, dependendo do grau de envelhecimento e qualidade das estruturas faciais. “Já operei pacientes com menos de 40 anos com envelhecimento precoce e outros com mais de 70 em excelente saúde,” complementa o Dr. Maranhão. Essa flexibilidade reforça que o foco está na condição anatômica, e não apenas na idade cronológica.

O Dr. Marcelo Araújo observa a profundidade dos resultados:

“Essa técnica confere um resultado mais natural porque a pele não é tensionada com exagero. Reposicionamos os tecidos profundos, o que confere um aspecto de beleza e juventude ao rosto.”

Outra vantagem da técnica deep‑plane facelift é a cicatrização discreta. “As cicatrizes do deep plane são menores e posicionadas em locais estratégicos, como atrás da orelha e na borda anterior, ficando imperceptíveis entre cinco e seis meses,” relata o Dr. Araújo. Já o resultado final, segundo os especialistas, aparece por volta do terceiro ou quarto mês e pode durar até 12 anos — um ganho significativo em relação às abordagens menos profundas.

O processo cirúrgico ocorre em ambiente hospitalar, sob anestesia geral ou sedação, com duração de quatro a seis horas. Durante o procedimento, o cirurgião pode associar outros procedimentos como blefaroplastia ou lipoenxertia. O pós‑operatório conta com tratamento fisioterápico, uso de faixas leves e repouso relativo nas primeiras semanas, favorecendo uma recuperação mais rápida.

A SBCP reforça que o deep‑plane facelift deve ser realizado apenas por cirurgiões plásticos habilitados e certificados, em ambiente hospitalar devidamente estruturado. A técnica exige planejamento detalhado, conhecimento anatômico profundo e uma equipe multidisciplinar para garantir a segurança e o bem-estar do paciente.

Ao optar por essa técnica, é fundamental escolher um profissional experiente, discutir com clareza as expectativas e considerar todos os cuidados pré e pós-operatórios — assim, o rejuvenescimento será realizado com a naturalidade e confiança que a SBCP defende.

Procedimentos minimamente invasivos em ascensão: tendências, dados e boas práticas

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Os procedimentos estéticos minimamente invasivos estão em crescente ascensão no Brasil, um fenômeno que reflete mudanças culturais, tecnológicas e de comportamento.

Por SBCP

Essa popularidade se deve, em grande parte, à busca por resultados mais naturais, com menor tempo de recuperação e custos, muitas vezes, mais acessíveis em comparação com cirurgias plásticas tradicionais. Dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS, na sigla em inglês) apontam que, em 2023, o Brasil foi o segundo maior mercado global para esses procedimentos, com impressionantes 3,3 milhões de aplicações realizadas. Ficamos atrás apenas dos Estados Unidos, que registraram 6,1 milhões.

O que são e quem os procura?

Procedimentos estéticos minimamente invasivos são aqueles que não requerem cortes cirúrgicos significativos ou anestesia geral, sendo realizados geralmente em consultórios com rápida recuperação. Eles incluem aplicações de toxina botulínica, preenchimentos com ácido hialurônico, tratamentos com lasers e tecnologias como ultrassom microfocado. Essas técnicas oferecem resultados expressivos para o rejuvenescimento facial e corporal com menor tempo de recuperação.

Segundo levantamento da Folha de S.Paulo, há uma forte demanda masculina por esses tratamentos. A cirurgiã plástica Dra. Beatriz Lassance, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e da ISAPS, observa que “os homens valorizam especialmente a naturalidade, evitando excessos que comprometam sua identidade. Eles desejam um rejuvenescimento discreto, mas efetivo, que mantenha suas características masculinas.”

A SBCP recomenda que tais procedimentos sejam realizados exclusivamente por médicos qualificados, preferencialmente membros da sociedade, em ambientes que respeitem os protocolos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e do Conselho Federal de Medicina (CFM). Isso inclui uma análise prévia detalhada, consentimento informado e acompanhamento pós-procedimento — fatores que garantem a segurança e a eficácia dos tratamentos.

Para a SBCP, a tendência é positiva quando aliada à responsabilidade profissional. O uso ético e consciente dessas técnicas abre caminho para uma prática estética centrada na naturalidade, na qualidade de vida e na transparência — valores cada vez mais valorizados pelos pacientes.

Dismorfia Corporal: Quando a Cirurgia Plástica Não é a Resposta

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A busca por uma aparência idealizada tem levado muitas pessoas a considerar procedimentos estéticos como solução para suas insatisfações corporais.

Por SBCP

No entanto, em alguns casos, essa insatisfação pode ser sintoma de um transtorno psicológico mais profundo: o Transtorno Dismórfico Corporal (TDC).

O TDC é caracterizado por uma preocupação obsessiva com defeitos percebidos na aparência física, que são inexistentes ou mínimos aos olhos dos outros. Essa preocupação pode levar a comportamentos compulsivos, como verificar-se constantemente no espelho, buscar procedimentos estéticos repetidamente e evitar situações sociais.

Um estudo publicado na Revista Brasileira de Cirurgia Plástica (RBCP) realizou uma meta-análise de 15 publicações e constatou que aproximadamente 12,5% dos pacientes candidatos ou submetidos a procedimentos estéticos na especialidade de cirurgia plástica apresentam TDC. Os valores individuais dos estudos analisados variaram entre 3,16% e 53,57%, indicando uma ampla gama de prevalência dependendo da população estudada.

Além disso, um estudo realizado no Serviço de Cirurgia Plástica e Queimados do Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (HU-UFSC) encontrou uma prevalência de 43,1% de TDC entre pacientes candidatos à cirurgia plástica estética. Este estudo utilizou o questionário Body Dysmorphic Disorder Examination (BDDE) para avaliação.

Esses dados ressaltam a importância de o cirurgião plástico estar atento às questões psicológicas do paciente antes da realização dos procedimentos estéticos, visando identificar casos de TDC e encaminhá-los para o tratamento adequado.

A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) enfatiza a importância do diagnóstico destes pacientes, evitando intervenções cirúrgicas que não trarão satisfação ao paciente e podem até agravar o quadro psicológico.

O tratamento mais eficaz para o TDC envolve terapia cognitivo-comportamental e, em alguns casos, o uso de medicamentos antidepressivos. 

É fundamental que profissionais da área da saúde estejam atentos aos sinais do TDC e encaminhem os pacientes para o tratamento adequado. A cirurgia plástica deve ser uma ferramenta para melhorar a autoestima e o bem-estar, não uma tentativa de corrigir distorções perceptivas causadas por transtornos psicológicos.

Se você ou alguém que conhece apresenta preocupação excessiva com a aparência, procure ajuda de um profissional de saúde mental. O cuidado com a mente é tão importante quanto o cuidado com o corpo.

RBCP: Tradição e Inovação na Divulgação Científica da Cirurgia Plástica Brasileira

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A valorização da ciência brasileira e o fortalecimento do reconhecimento internacional da cirurgia plástica nacional ganham novo impulso com a nova fase da Revista Brasileira de Cirurgia Plástica (RBCP).

Por SBCP

A publicação científica oficial da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) passa agora a ser publicada pela renomada editora Thieme, especializada em literatura médica de alto impacto.

Fundada em 1985, a RBCP tem sido um pilar na disseminação do conhecimento em cirurgia plástica no Brasil. Ao longo de suas quase quatro décadas de existência, a revista evoluiu significativamente, adotando práticas editoriais modernas e ampliando sua presença em bases indexadoras internacionais. Atualmente, está presente em plataformas como Scopus, SciELO e DOAJ (com o selo DOAJ Seal), e tem como objetivo próximo a indexação no Medline/PubMed, uma das plataformas mais respeitadas da literatura médica.

“Sempre tivemos a preocupação de aumentar a visibilidade da revista, inclusive em termos internacionais”, afirma o Dr. Dov Goldenberg, editor-chefe da RBCP. “Com a Thieme, passamos a contar com um sistema de submissão eletrônico confiável, rigoroso e valorizado pelos principais indexadores.”

A modificação beneficia a cirurgia plástica brasileira, aumentando o alcance das produções científicas nacionais. Com a Thieme o alcance dos trabalhos científicos ganhará um outro patamar de acesso e divulgação, sendo um estímulo extra para a produção científica nacional.

A mudança editorial foi conduzida com apoio da atual diretoria da SBCP e aprovada por unanimidade pelo Conselho Deliberativo. A parceria com a Thieme visa expandir a presença da RBCP em bases indexadoras internacionais e aumentar sua influência na produção científica mundial.

Para mais detalhes, acesse a matéria completa publicada no portal Medicina S/A:
https://medicinasa.com.br/sbcp-rbcp/

Acompanhe também as publicações em: rbcp.org.br

Mommy Makeover: A Cirurgia Plástica Pós-Gravidez

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A busca pela recuperação do corpo após a gravidez tem levado muitas mulheres ao chamado “Mommy Makeover”, um conjunto de cirurgias plásticas realizadas após o parto.

Por SBCP

Esse procedimento tem ganhado popularidade no Brasil, permitindo que as mães cuidem de si mesmas após se dedicarem à gestação e amamentação.

O que é o “Mommy Makeover”?

O “Mommy Makeover” é o nome dado a um conjunto de procedimentos cirúrgicos estéticos que buscam remodelar as áreas do corpo mais afetadas pela gestação e amamentação. As intervenções mais comuns incluem a abdominoplastia (para remover excesso de pele e gordura do abdômen e fortalecer os músculos), a mastopexia (para levantar e remodelar os seios) e a lipoaspiração (para remover gordura localizada). Na maioria dos casos, essas cirurgias são realizadas em uma única operação, otimizando o tempo de recuperação.

A decisão de realizar um “Mommy Makeover” exige planejamento e atenção a critérios importantes para garantir a segurança e o sucesso dos resultados. É fundamental que a paciente aguarde um período de três a seis meses após o parto ou a última amamentação, permitindo que o corpo se recupere plenamente das alterações hormonais e físicas da gestação.

O Dr. José Cury, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), em entrevista ao jornal O Tempo, enfatiza a importância da avaliação individualizada: “Cada mulher passa por uma avaliação individualizada antes de ser operada. A preparação e o plano cirúrgico são adaptados às suas necessidades e características corporais – não existe uma fórmula única.”

Existem contraindicações importantes. Segundo o Dr. Cury, mulheres com doenças cardiovasculares descompensadas, problemas de coagulação sanguínea, distúrbios imunológicos, anemia severa ou que ainda estejam amamentando não devem realizar o procedimento. Fatores como tabagismo, sedentarismo e, principalmente, expectativas irrealistas de resultados ou falta de suporte adequado no pós-operatório também são pontos de atenção que podem levar ao adiamento ou à indicação de etapas cirúrgicas separadas.

Assim como qualquer procedimento cirúrgico complexo, o “Mommy Makeover” envolve riscos como dor, fraqueza, sangramento, infecção, trombose e embolia. Por isso, o pós-operatório é de extrema importância e cuidados devem ser tomados.

Durante o pós-operatório, a paciente precisará de apoio para as atividades diárias, especialmente se tiver filhos pequenos, pois não poderá carregar peso ou fazer esforços. Apesar dos desafios da recuperação, a melhora da autoestima e o resgate da identidade feminina são os principais motivos que levam as mães a realizar o procedimento.

A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica reforça a importância de escolher um cirurgião plástico qualificado e membro da SBCP para garantir que todos os passos, desde a avaliação pré-operatória até o acompanhamento pós-cirúrgico, sejam realizados com a máxima segurança e profissionalismo.

Fonte: O Tempo

Escolhendo o Profissional Certo: Orientações da SBCP para sua Cirurgia Plástica

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Escolher um cirurgião plástico qualificado é um passo fundamental para garantir a segurança e a eficácia de qualquer procedimento estético ou reconstrutivo.

Por SBCP

A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) oferece orientações valiosas para auxiliar pacientes nessa decisão crucial.

O primeiro aspecto a considerar é a formação e a certificação do profissional. Um cirurgião plástico membro da SBCP passou por um rigoroso processo de treinamento, que inclui seis anos de graduação em Medicina, seguidos por três anos de residência em cirurgia geral e mais três anos em cirurgia plástica, totalizando no mínimo 12 anos de formação. Além disso, para obter o título de especialista, o médico deve ser aprovado em exames escritos e orais aplicados pela SBCP. 

Verificar se o profissional possui registro ativo no Conselho Regional de Medicina (CRM) e se é membro da SBCP é essencial. A SBCP disponibiliza uma ferramenta de busca em seu site oficial, permitindo que pacientes encontrem cirurgiões plásticos certificados em todo o Brasil, em cirurgiaplastica.org.br/encontre-um-cirurgiao.

Além das credenciais, é importante avaliar a experiência e a reputação do cirurgião. Durante a consulta, o profissional deve esclarecer todas as dúvidas, explicar os detalhes do procedimento, os riscos envolvidos e os cuidados necessários no pré e pós-operatório. A transparência e a comunicação clara são indicativos de um bom profissional .

Outro fator crucial é o local onde será realizado o procedimento. Certifique-se de que a clínica ou hospital possui infraestrutura adequada, é devidamente licenciado e segue as normas da Vigilância Sanitária. Procedimentos realizados em locais inadequados aumentam significativamente os riscos de complicações .

Por fim, desconfie de promessas de resultados milagrosos ou de profissionais que utilizam linguagem excessivamente subjetiva para descrever os benefícios da cirurgia. Um cirurgião plástico ético e qualificado fornecerá informações realistas e baseadas em evidências sobre o que pode ser alcançado com o procedimento. 

Este conteúdo é informativo e não substitui a consulta médica. Sempre converse com um profissional de saúde qualificado antes de tomar decisões relacionadas à sua saúde. 

A trajetória da toxina botulínica: da medicina à estética moderna

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A toxina botulínica é uma substância amplamente utilizada na medicina, mas sua história começa longe da estética.

Por SBCP

 Inicialmente, seu uso era voltado para finalidades terapêuticas, como o tratamento de distúrbios neuromusculares — incluindo o estrabismo, blefaroespasmo e a distonia cervical. Com o tempo, seus efeitos relaxantes sobre a musculatura chamaram a atenção para uma nova aplicação: a atenuação de linhas de expressão e rugas faciais.

O uso da toxina botulínica com fins estéticos começou a se popularizar na década de 1990, com a liberação da substância para esse fim nos Estados Unidos. No entanto, o Brasil teve papel pioneiro nesse processo. Segundo o Dr. Paulo Keiki Matsudo, membro titular da SBCP desde 1978 e membro da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica Estética:

“Nós publicamos o primeiro trabalho científico sobre o uso da toxina botulínica para rejuvenescimento facial. Esse trabalho foi apresentado nos Estados Unidos em 1995 e publicado em 1996 na revista “Aesthetic Plastic Surgery”. Até então, não existia nenhum artigo científico documentando o uso da substância na motricidade facial com esse fim.”

O especialista destaca que o pioneirismo brasileiro ajudou a definir as condutas relacionadas ao botox no rejuvenescimento facial, tanto no aspecto preventivo quanto no uso associado a cirurgias ou de forma isolada.

Além da área estética, a toxina botulínica continua sendo empregada em diversas condições médicas, como bruxismo, hiperidrose (suor excessivo) e enxaqueca crônica — o que comprova que seus benefícios vão muito além da aparência.

Atualmente, a faixa etária dos 20 aos 30 anos representa uma parcela crescente entre os pacientes que buscam a aplicação da toxina com objetivo preventivo, principalmente para a suavização precoce das marcas de expressão. De acordo com dados da American Society of Plastic Surgeons, houve um aumento de 28% nesse tipo de procedimento entre jovens adultos desde 2010.

Para o Dr. Matsudo, essa procura precoce deve ser avaliada com critério:

“É aquele assunto do copo meio cheio e meio vazio. Existem, sim, indicações totalmente absurdas feitas sem necessidade. Mas, quando há marcas de expressão ou assimetrias, a toxina botulínica pode ser utilizada com ótimos resultados — independente da idade. O que não pode acontecer é a banalização do procedimento.”

Outro ponto fundamental é a segurança da aplicação. O cirurgião plástico destaca que a formação médica é essencial para garantir resultados naturais e evitar exageros:

“O cirurgião plástico tem, na sua formação, seis anos de medicina, três anos de cirurgia geral e três de cirurgia plástica. Ele é o mais habilitado para conhecer os movimentos da face e o equilíbrio entre os pares musculares. Isso evita transformações artificiais e garante que os rostos não fiquem como ‘pinguins de geladeira’, sem expressão.”

Além da qualificação profissional, outros cuidados são indispensáveis, como a escolha do produto, seu armazenamento e as condições do local onde será realizado o procedimento.

“O paciente deve procurar um profissional habilitado, com formação reconhecida pela Associação Médica Brasileira. Também deve se informar sobre o ambiente da aplicação e se o produto foi armazenado corretamente. Todos esses fatores influenciam na segurança e na qualidade do resultado”, alerta o Dr. Matsudo.

A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) reforça que qualquer procedimento estético, mesmo os minimamente invasivos como a aplicação da toxina botulínica, deve ser realizado por médicos capacitados. Uma avaliação criteriosa é fundamental para garantir a indicação correta, a segurança do paciente e a preservação da naturalidade dos resultados.

A decisão de realizar um procedimento estético deve ser sempre acompanhada de informação, profissionalismo e responsabilidade. Quando bem indicada e realizada por especialistas, a toxina botulínica pode trazer benefícios estéticos e funcionais importantes — inclusive para os mais jovens.

Dentistas podem realizar cirurgias plásticas faciais? Entenda os riscos e as diferenças de formação​

By Destaque

Recentemente, o Conselho Federal de Odontologia (CFO) anunciou a intenção de autorizar dentistas a realizar cirurgias estéticas faciais

Por SBCP

Recentemente, o Conselho Federal de Odontologia (CFO) anunciou a intenção de autorizar dentistas a realizar cirurgias estéticas faciais, como rinoplastia, lifting facial e blefaroplastia. Essa proposta gerou preocupação entre entidades médicas, que alertam para os riscos à saúde dos pacientes.​

A formação de um cirurgião plástico envolve cerca de 12 anos de estudo, incluindo graduação em medicina, residência em cirurgia geral e residência em cirurgia plástica. Essa trajetória proporciona uma compreensão abrangente do corpo humano e prepara o profissional para lidar com possíveis complicações durante procedimentos cirúrgicos.​

Em contrapartida, a formação odontológica é focada na saúde bucal e não abrange o mesmo nível de treinamento em procedimentos cirúrgicos complexos. A realização de cirurgias plásticas faciais exige conhecimentos aprofundados de anatomia, técnicas cirúrgicas avançadas e manejo de possíveis complicações — competências que fazem parte da formação médica e da especialização em cirurgia plástica.

O Dr. Volney Pitombo, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), expressou sua preocupação:​

“Sem qualquer demérito à formação dos dentistas, considerar que eles poderão ser habilitados a realizar cirurgias plásticas sem a formação em Medicina é uma decisão de altíssimo risco para os pacientes.”​

A SBCP reforça que a segurança do paciente deve ser a prioridade máxima e que procedimentos cirúrgicos devem ser realizados por profissionais devidamente qualificados. A entidade está comprometida em adotar todas as medidas necessárias para garantir que a prática da cirurgia plástica continue sendo conduzida por médicos especializados, assegurando a saúde e o bem-estar da população.​

Para verificar se um profissional é membro da SBCP, acesse:

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